Nos tempos antigos, não existia diferença entre ser artista ou artesão. Era preciso conhecer a técnica e possuir as ferramentas para confeccionar os artefatos necessários para a comunidade. A cultura de cada sociedade era seu conjunto de conhecimentos e produções, além de seus hábitos e crenças, passados de geração à geração.
Tendo essa noção, passemos a comentar uma era menos remota e mais familiar a todos.
"Os tempos modernos", que foram eternizados por Charles Chaplin em um dos primeiros filmes da hitória.
Depois da invenção das máquinas, o artista passa a se preocupar com questões além do "saber fazer". As expressões artísticas deixam de ser essencialmente funcionais para servir à sociedade em si, mais especificamente, à elite social: seja ela econômica ou intelectual.
A palavra cultura é cada vez mais empregada para denominar a cultura padrão, desejada, a própria cultura elitista. Esse fato é comprovado com uma afirmação corriqueira de algum indivíduo: "Aquele outro não tem cultura".
Afirmo, convicta, então: A Revolução Científico-Tecnológica mudou as relações dos homens entre si e com o mundo.
Se a sociedade está mudando, aquilo que ela produz também mudará. Posto que arte é linguagem, uma vez mudado o pensamento do interlocutor, a maneira de falar se altera por tabela.