quinta-feira, 16 de julho de 2009

Momento Ultra Romântico

Tão difícil acreditar
Que as coisas vão mudar
Mais fácil seria pensar no farfalhar das folhas sob o luar,
Enquanto o vento as embala
Docemente, silenciosamente, pra sempre
Pelo menos é eterno, até que amanheça


Carpe Diem

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Língua de loucos


Nos tempos antigos, não existia diferença entre ser artista ou artesão. Era preciso conhecer a técnica e possuir as ferramentas para confeccionar os artefatos necessários para a comunidade. A cultura de cada sociedade era seu conjunto de conhecimentos e produções, além de seus hábitos e crenças, passados de geração à geração.

Tendo essa noção, passemos a comentar uma era menos remota e mais familiar a todos.

"Os tempos modernos", que foram eternizados por Charles Chaplin em um dos primeiros filmes da hitória.

Depois da invenção das máquinas, o artista passa a se preocupar com questões além do "saber fazer". As expressões artísticas deixam de ser essencialmente funcionais para servir à sociedade em si, mais especificamente, à elite social: seja ela econômica ou intelectual.

A palavra cultura é cada vez mais empregada para denominar a cultura padrão, desejada, a própria cultura elitista. Esse fato é comprovado com uma afirmação corriqueira de algum indivíduo: "Aquele outro não tem cultura".

Afirmo, convicta, então: A Revolução Científico-Tecnológica mudou as relações dos homens entre si e com o mundo.

Se a sociedade está mudando, aquilo que ela produz também mudará. Posto que arte é linguagem, uma vez mudado o pensamento do interlocutor, a maneira de falar se altera por tabela.

sábado, 9 de maio de 2009

O momento que precede o beijo

Aqueles segundos em que as almas flutuam numa atmosfera de doce letargia. Se pudesse ser traduzida em cores, a sensação seria pêssego, azul e cor-de-rosa. Tal como o sol nascer. Cada movimento significa muito. Cada ciclo de inspiração e expiração parece uma eternidade. Nada te tira da concentração profunda, dos sentidos aguçados, do turbilhão de pensamentos que urge silenciado. Os corpos, suavemente congelados no pesado ar, mal se mexem. O único movimento é o da lenta aproximação, esperada, almejada aproximação!

As pálpebras sobem vagarosamente, mas a direção já está definida. Procuram as pálpebras alheias.
As pupilas se encontram. Íris, muito azuis e muito verdes, agora soam cinzas pela pouca iluminação.
É tímido o encontro dos olhos. Os dela voltam-se ao chão. Enrubesce. Sua tez corada não pode ser vista, porém. Não tarda a levantá-los novamente. O outro a fita com uma satisfação disfarçada. O ritmo se acelera. As batidas da emoção estão cada vez mais rápidas.
Agonia. Prazer. Medo?

Beijo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Romantismo

nada.

A Arte Demoníaca

Algo que eu absolutamente não suporto e não consigo simplesmente aceitar: falsidade crônica.
São inúmeras as peripécias que algumas criaturas aprontam só para ficar "bem" com todo mundo e falar mal de todos a vontade.
Incrível, é realmente uma arte demoníaca! Conseguir acabar com você pelas suas costas e depois, quando te vê, ir correndo te dar um abraço dizendo "Queridaa(o), que bom ver você aqui!".
Dá vontade de dizer: "Vai ser falso com a sua mãe, fera!"

Para as pessoas normais, meu único aviso é: cuidado com pessoas alegres demais ou que mudam de assunto quando você chega.
Aos falsos: vão catar coquinhos e me deixem em paz!
Obrigada.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mistério

O tempo passa por nós ou nós passamos pelo tempo?
Elementar, meu caro Watson.
Anote esta, sim?
Estamos lidando com algo muito além de nós, ou de qualquer coisa que conhecemos.
Como desvendar um mistério sem saber com quem se está lidando, ou ao menos, aonde se pretende chegar?
Muitos já se perguntaram isto, o que trouxe notável avanço para a filosofia, a ciência e diversas outras áreas do conhecimento, esclarecendo suposições que eram antes simplesmente pensamentos inatos.
Entretanto, algo que o homem sabe que existe porém até hoje não foi capaz de explicar é o tempo.
Alguns dizem que é invenção do próprio homem... Mas como explicar nossa capacidade então de perceber e fazer distinção do que já passou, o que está acontecendo e fazer suposições do que ainda está para acontecer, e de designar tudo isso como um 'tempo'?
Talvez em um estado mais elevado, alguns seres possam perceber tudo ao mesmo tempo, de modo a saber, também, o que para nós seria o futuro. E quem sabe no meio dessa confusão nossos sentidos possam captar alguma pulsação do pensamento destes seres, se manifestando em sonhos ou intuições sobre o que seria para nós 'o desconhecido', como já aconteceu tantas vezes e até hoje permanece sem explicação científica?
Inúmeros são os casos de pessoas que literalmente previram o futuro, ou viram fatos do passado de alguém que nunca haviam visto antes.

"O tempo é um só, porém nossa capacidade de percebê-lo é lenta, o que nos faz acreditar que exista passado, presente e um futuro."
O fato de não podermos mudar o passado confirma isto, porém existe o empecilho da possível mudança do futuro, que torna esta teoria duvidosa.
Mas a verdade é que... nunca iremos saber a verdade. (Esta é a hora que você fala para si mesmo "Bela conclusão ¬¬", mas o que posso fazer? Nossa vida é curta demais para qualquer esclarecimento de tal tamanho... E não adianta achar que vai viver para sempre a não ser que te provem o contrário, meu amigo.)
É nosso destino e fardo não desvendar os grandes mistérios do mundo, talvez se o fizéssemos, estaríamos quebrando alguma lei importante que rege o universo.
Portanto, o tempo (como milhares de outras coisas) existe, mas não sabemos o que ele é nem por que ele é por uma questão de ordem e por nossa inferioridade perante aos mistérios do universo e da vida.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Poço Azul

Desenho antigo...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Um sofrimento inevitável

Esgotamento. O limite entre a completa exaustão dos sentidos e a depressão, no meu caso.
O excesso de lágrimas e a luta contra elas me sugaram as forças e deixaram meus olhos vidrados e minha mente distante, apenas o corpo me prendendo ao mundo físico.
As idéias parecem estar mais claras e mais confusas do que nunca. Desertos, pradarias, praias, sol, neve, alguém? Não. Apenas eu.
O quase imperceptível farfalhar das folhas provocado pelo carinho do vento mais parecia um sussuro me convidando a permanecer lhes ouvindo e respondendo.
A solidão me toma completamente. Nada ao meu redor me resgata da letargia. Eu sinto o balanço do mar convencendo a me deixar levar pelas ondas. Meus olhos doem. A incansável lamentação de mais cedo me deixara cicatrizes invisíveis e dores visíveis.
Tudo? Nada. Alguém? Ninguém. Você? Eu. Apenas eu e o meu ridículo murmúrio inaudível que me corrói por dentro e por fora e me recolhe cada vez mais do mundo ao meu redor.
Acabou.

sábado, 17 de janeiro de 2009

O amor e os primatas

Amar...
Eu sei, é um clichê falar sobre os mistérios desse sentimento tão sorrateiro e tão arrasador.
Mas o problema é que ele existe apenas desde... desde sempre!
Será que os nossos ancestrais, os Australopithecus afarensis, a 4 milhões de anos já sentiam o coração bater mais forte e as pernas bambas quando viam a pessoa amada passar?
Sem ofensas aos nossos vovôs, mas imagina só que engraçado, aqueles seres peludos e amacacados se derretendo de amores por outros seres peludos e amacacados. Não que nós mesmos não sejamos isso, mas para quem nunca viu uma reconstituição de um dos nossos antecessores, aí vai a mais famosa estudada da espécie: Lucy.
Não se assuste, nós também não somos lá muito bonitos, e sim, seus ancenstrais eram parecidos com a Lucy aí de cima e amavam.
Na época dela, o "amor", ou melhor, a seqüência de mudanças que ocorrem no corpo do indivíduo na presença de outro do sexo oposto e da mesma espécie com o qual ele geralmente compartilha também uma "amizade", mais um sentimento a ser discutido em outra postagem, -falei demais, retomando- o amor estava completamente associado à nada mais nada menos do que a sobrevivência: a perpetuação da espécie. Talvez esteja aí a explicação dele ser tão arrasador, quer dizer, é uma coisa inata nos seres vivos, já está escrito nos genes que assim que deve ser. Pelo menos, assim é com os seres vivos, foi com os nossos acentrais e com a nossa espécie por milhares de anos. Porém, os seres humanos têm que contrariar a natureza e começar a elevar um sentimento que antes era puramente instintivo a uma esfera mágica e espiritual.
Quem nunca leu o horóscopo de quem gostava pra saber se os astros concordavam com a união?
A verdade é que a raça humana literalmente se acha 'uó do borogodó', e resolveu separar as coisas - de novo-. Aliás, a gente separa tudo né? Ciências de matemática, História de Arte, é mesmo muita falta do que fazer. E muita gente separou "amor" de "paixão" e "amor" de "compromisso" e de "responsabilidade" e tudo isso da procriação da espécie. Tudo entre aspas mesmo, porque são conceitos muito relativos e vocês terão de engolir, hahaha. :P
Quantas vezes vocês não viram um casamento sem amor?
Ou um compromisso que acabou por conta do envolvimento de terceiros, ou terceiras, às vezes por uma carência de amor entre o casal inicial?
É isso aí, a natureza se esfalfa pra criar o mecanismo perfeito e a gente vai lá e ignora.
Esses somos nós!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

2009!


Finalmente, a primeira postagem do ano!
2009 começou muito bem para mim, apesar da crise mundial consegui finalmente juntar dinheiro para comprar o notebook mais gato e livros maravilhosos que eu já estava namorando a um bom tempo...
Com certeza darei mais atenção a vocês, queridos leitores, nesse período de férias.
E para começar com o pé direito, por que não conferir se você é virado para a lua com um joguinho bem interessante?
Você é sortudo?
A pergunta que não quer calar...
Boa sorte e feliz 2009!

Meu resultado:
VIRADO PARA A LUA
Seus gestos e atitudes contribuem para que você encontre a desejada sorte na vida. Mantenha o otimismo de sempre e continue apostando em sua intuição para resolver os problemas. Sem estresse e com a criatividade que lhe é característica.

quem diria... será que esse teste tá certo??