sábado, 17 de janeiro de 2009

O amor e os primatas

Amar...
Eu sei, é um clichê falar sobre os mistérios desse sentimento tão sorrateiro e tão arrasador.
Mas o problema é que ele existe apenas desde... desde sempre!
Será que os nossos ancestrais, os Australopithecus afarensis, a 4 milhões de anos já sentiam o coração bater mais forte e as pernas bambas quando viam a pessoa amada passar?
Sem ofensas aos nossos vovôs, mas imagina só que engraçado, aqueles seres peludos e amacacados se derretendo de amores por outros seres peludos e amacacados. Não que nós mesmos não sejamos isso, mas para quem nunca viu uma reconstituição de um dos nossos antecessores, aí vai a mais famosa estudada da espécie: Lucy.
Não se assuste, nós também não somos lá muito bonitos, e sim, seus ancenstrais eram parecidos com a Lucy aí de cima e amavam.
Na época dela, o "amor", ou melhor, a seqüência de mudanças que ocorrem no corpo do indivíduo na presença de outro do sexo oposto e da mesma espécie com o qual ele geralmente compartilha também uma "amizade", mais um sentimento a ser discutido em outra postagem, -falei demais, retomando- o amor estava completamente associado à nada mais nada menos do que a sobrevivência: a perpetuação da espécie. Talvez esteja aí a explicação dele ser tão arrasador, quer dizer, é uma coisa inata nos seres vivos, já está escrito nos genes que assim que deve ser. Pelo menos, assim é com os seres vivos, foi com os nossos acentrais e com a nossa espécie por milhares de anos. Porém, os seres humanos têm que contrariar a natureza e começar a elevar um sentimento que antes era puramente instintivo a uma esfera mágica e espiritual.
Quem nunca leu o horóscopo de quem gostava pra saber se os astros concordavam com a união?
A verdade é que a raça humana literalmente se acha 'uó do borogodó', e resolveu separar as coisas - de novo-. Aliás, a gente separa tudo né? Ciências de matemática, História de Arte, é mesmo muita falta do que fazer. E muita gente separou "amor" de "paixão" e "amor" de "compromisso" e de "responsabilidade" e tudo isso da procriação da espécie. Tudo entre aspas mesmo, porque são conceitos muito relativos e vocês terão de engolir, hahaha. :P
Quantas vezes vocês não viram um casamento sem amor?
Ou um compromisso que acabou por conta do envolvimento de terceiros, ou terceiras, às vezes por uma carência de amor entre o casal inicial?
É isso aí, a natureza se esfalfa pra criar o mecanismo perfeito e a gente vai lá e ignora.
Esses somos nós!

2 comentários:

Chá com Biscoitos disse...

Eu AMEEEEEEEEEEEEI *-*
PERFEITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
vc escreve muito!!

Hórus disse...

http://heraclitopoeta.blogspot.com/