domingo, 25 de janeiro de 2009

Um sofrimento inevitável

Esgotamento. O limite entre a completa exaustão dos sentidos e a depressão, no meu caso.
O excesso de lágrimas e a luta contra elas me sugaram as forças e deixaram meus olhos vidrados e minha mente distante, apenas o corpo me prendendo ao mundo físico.
As idéias parecem estar mais claras e mais confusas do que nunca. Desertos, pradarias, praias, sol, neve, alguém? Não. Apenas eu.
O quase imperceptível farfalhar das folhas provocado pelo carinho do vento mais parecia um sussuro me convidando a permanecer lhes ouvindo e respondendo.
A solidão me toma completamente. Nada ao meu redor me resgata da letargia. Eu sinto o balanço do mar convencendo a me deixar levar pelas ondas. Meus olhos doem. A incansável lamentação de mais cedo me deixara cicatrizes invisíveis e dores visíveis.
Tudo? Nada. Alguém? Ninguém. Você? Eu. Apenas eu e o meu ridículo murmúrio inaudível que me corrói por dentro e por fora e me recolhe cada vez mais do mundo ao meu redor.
Acabou.

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